sábado, 27 de março de 2010

27 de março

Hoje, com Caetano e Gil na cabeça:


“Quando você for convidado pra subir no adro da fundação Casa de Jorge Amado pra ver do alto a fila de soldados, quase todos pretos, dando porrada na nuca de malandros pretos, de ladrões mulatos e outros quase brancos – tratados como pretos – só pra mostrar aos outros quase pretos (e são quase todos pretos) e aos quase brancos pobres como pretos como é que pretos, pobres e mulatos e quase brancos quase pretos de tão pobres são tratados.”


Com idéias pipocando na cabeça,


Com preguiças pipocando no corpo,


Com trabalhos para acabar hoje mesmo.


No Equador, o diretor do jornal estatal foi demitido por não querer que o veículo se tornasse pasquim de divulgação do governo, enquanto a louc... digo, a governadora do RS quer mais é fechar a televisão e a rádio estatais.


No Brasil, o casal Nardoni foi finalmente condenado (31 e 26 anos). Sendo que eles têm respectivamente essas idades, quando chegarem aos 62 e aos 52 anos, vão ter passado exatamente a metade de suas vidas na prisão. Isso exatamente dois anos após ter matado a menina, o que todos já sabiam desde o início, mas que, como dá ibope...


Organismos pressionam para que as tropas brasileiras saiam do Haiti. Ninguém sabe o que realmente elas fazem lá: uns dizem que é para o bem, outros dizem que é para o mal. E eventos se organizam, e haitianos vêm falar sobre o que está acontecendo lá.


E tem gente que diz que o mundo é um circo.

E tem gente que diz que os políticos “fazem teatro”.


É uma pena que quem fala isso nãos se dá conta de que essas artes estão na lista das poucas coisas verdadeiras nas que ainda se pode confiar. Hoje é dia do teatro. Desejando que o mundo seja mais justo – ao menos nos termos que emprega – felicito a ele, ao teatro.

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terça-feira, 23 de março de 2010

Wonderland!!!


Um encontro inusitado, um mundo maravilhoso...


sábado, 20 de março de 2010

Primavera chegou!

“Aqui já é amanhã.”


Essa tem sido uma frase recorrente no meu vocabulário skypeano e, enquanto escrevo aqui, às 00h16 do dia 21 de março, viajo nessas histórias de janeiros e junhos atípicos. Que engraçado, isso. Já é minha segunda primavera de março, meu segundo inverno de início de ano, e logo logo se acaba tudo isso. Ou não. A gente nunca sabe. De verdade que não. Melhorou o tempo aqui, tem sol, dá pra lavar a roupa. Penso no que vou ter que enfrentar nos próximos meses, dizem que o calor aqui é infernal. Eu acredito. Deve ser algo assim tipo Poa no verão que passou – e quem estava ali sabe do que eu estou falando, ao menos os que me contaram do inferno que foi. Bom, o inferno aqui vai começar, viva o verão andaluz. Que medo.


O cachorrinho cursi corre no meio das flores
para saudar a chegada da nova estação.


quinta-feira, 18 de março de 2010

Quem semeia estrelas...

Kaunas, Lituânia.

Você passa pela estátua, bem bonitinha. "O semeador de estrelas". "Legal," você pensa, e segue seu caminho, enquanto a mulher da foto te olha com essa cara engraçada.


Anoiteceu.


Você resolve sair pra dar uma volta.

"la la la la la la

la la la la la la"

(é que você passeia cantando)


Você passa de novo pela mesma estátua, e aí...


e você entende a vida inteira e todos os mistérios do universo.
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terça-feira, 16 de março de 2010

No me abandones

E esta vida, hein?
Cheia de encontros e desencontros.

Segue o vídeo da canção do Johansen. E, gente, fala sério, o que são os desenhos?



Fantáááástico!

Ps: Merci, madame Quoi! Chuckle!
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domingo, 14 de março de 2010

All that fall

Essa eu copio da própria descrição do vídeo:

“Câmeras de segurança gravam ladrão atrapalhado que tenta sair da loja onde entrou pra ‘roubar’.



ou depredar?”

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quarta-feira, 10 de março de 2010

Foto da ZH

Achei linda a capa da ZH de hoje!

Em cena, uma figura oriental sobre um púlpito segura uma bandeja em um cenário clean enquanto do alto caem papéis picados ou bolhas de sa
bão, tudo muito cênico e etéreo...

Clique aqui. Créditos: Adriana Franciosi


Mas... peraí... a manchete não diz nada sobre uma nova peça do Bob Wilson na cidade ou um novo filme de arte japonês...


ups.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Como não chamar um filme.

O Oscar foi ontem.

Vamos falar de filmes.


O título de um filme é uma das primeiras informações que nos chega e é um dos fatores dominantes para que a gente se interesse em vê-lo ou não. É uma pena que muitas vezes os títulos traduzidos são simplesmente horríveis em comparação com o filme. Às vezes não tem nada a ver com a proposta, e às vezes até contradiz o que a própria idéia do filme está dizendo. Exemplos, foi!


The hangover – Esta palavra é alguma coisa como ressaca (tá, meu inglês não é dos melhores). Na França, saiu com o nome de Very bad trip, uma boa adaptação, já que bad trip faz o jogo de palavras entre a alucinação causada por drogas e a viagem que os caras fazem até Las Vegas para uma despedida de solteiro. Agora, por que os franceses traduzem um nome do inglês para o próprio inglês? Não sei. No Brasil foi muito pior: o filme tem o abominável título de Se beber não case. Quer saber? O filme é muito bom. Engraçado, divertido, inteligente. Os infelizes tradutores-de-títulos conseguiram acabar com a vontade de qualquer um em vê-lo.


The boat that rocked – Este filme é duca. No Brasil, O Barco do Rock. Ponto para nós. Em francês, Good Morning England. Viu? Traduzem do inglês para o inglês. O nome não é ruim, simplesmente não é assim que ele se chama.


The hurt locker – O grande vencedor do Oscar. Este, quando saiu, me custou saber que filme era. Demorei umas boas páginas de pesquisa na net para saber os correspondentes em cada língua. Não sei o que seria a tradução exata, mas o título remete à ferida, à dor. Não é En Tierra Hostil, como saiu na Espanha, nem Guerra ao Terror, como saiu no Brasil, e muito menos Démineurs (desativadores de minas), título francês.


Up in the air – Este é uma abominação. Atenção: este filme não é, repito, NÃO é uma busca do amor perdido voando de um lado para outro, como nos diz seu maravilhoso título em português: Amor sem escalas. Vou repetir, hein: O cara do filme NÃO busca um amor. Ao contrário, ele nega tudo o que for relacionado à apego e sentimentalismo. Amor sem escalas é um título horroroso que nega a essência do filme. Não acreditem nele!!! Ahhhhhhh!!! (chutando a parede).


The blind side – Não. Não se chama Um sonho possível. Próximo.


The lovely bones – Não. Não se chama Um olhar do paraíso. Próximo.


A Single Man(Maico respira fundo): Gente. (pausa). Quem colocou este título... (pesando as palavras) deve ter sido o mesmo... hã... equivocado... que traduziu o “amor sem escalas” aí em cima. Simplesmente porque ESTE FILME NÃO SE CHAMA “O DIREITO DE AMAR”!!!!! O pior é que quem colocou este título não deve nem ter visto o filme, já que se o cara quer ter o direito de alguma coisa é o direito de morrer!


A Serious Man – Em português, Um homem sério. Ponto para nós. Agora, vamos assumir, gente... existe dois filmes que são diferentes: um se chama A serious Man (um homem sério) e outro se chama A Single Man (um homem solteiro). Para quê mudar o nome para uma aberração?! Assume que os nomes são parecidos e deu.


A situação é tão horrível que quando você vê um nome que está bem traduzido, e já é meio brega no original, você não acredita que se chama assim de verdade. Foi o que aconteceu comigo com Crazy Heart, bem traduzido para Coração Louco.


Títulos explicativos agora:


Desde o Closer – Perto demais eu questiono a utilidade dessa ferramenta. Tá, desde um pouco antes, mas agora nem lembro. Esse foi a gota d’água, uma das mais comentadas na época. Ou chamem de Closer, ou chamem de Perto demais, ok?


Up – A animação da Pixar virou Up – Altas Aventuras. Comento?!


Milk – Este virou Milk – A voz da igualdade. Pra quê?


Precious – Este ficou tão brega... Em português, Preciosa – Uma história de esperança.


La mômeO nome do original é explicado em um trecho do filme: “Você me lembra um pássaro. Um pardal. A jovem pardal” (“Vous pensez à un moineau. Un Piaf. La môme Piaf”). Em português, o magnífico título: Piaf - um hino ao amor.


A coisa é triste. Eu já acho que vou começar a fazer minhas próprias versões de alguns títulos para me divertir, já que pode ser qualquer coisa mesmo... Já tenho alguns:


Uma aventura romântica em Barcelona (Vicky, Cristina, Barcelona)

África: um sonho de igualdade (Invictus)

Titanic – Amor em alto mar (Titanic)


Tem gente que diz que o nome muda para que se venda melhor o filme. A pergunta é: você acha que Bastardos Inglórios é um nome comercial? A resposta: não. Então, se deixaram este nome passar com uma tradução fiel, para que mudar o resto?!

quarta-feira, 3 de março de 2010

Virei fã do Darth!



Post dedicado à Paty.
e ao Bruno.
e à Paty, a do Bruno.
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