Um homem entra sem querer no meio de uma leitura dramática. No início os atores estão colocados como bonecos e alguém tira o pó que está sobre eles. No final, perdia a última folha e não conseguia dar prosseguimento à história. Eu era, na peça, um cantador que cantava muito mal, mas eu não sabia que ele cantava mal: eu cantei mal porque era só assim que eu conseguia. Um cara que parecia o chefe disse que se eu pagasse dez reais poderia sair. Eu dizia para ele me conseguir o arquivo da última folha que eu imprimiria uma cópia para ele. Eram vários atores e apenas uma cena para cada um. Se passava no nordeste, todos liam com sotaque. Eu nunca sabia qual o momento de entrar porque não tinha ensaiado, não sabia qual era o meu personagem. O texto era desconstruído, não havia lógica no que estava sendo dito.
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