quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

A primeira neve a gente nunca esquece


Lá fora, uma noite fria do cão. Aqui dentro, um calorzinho bom. Deito. Olho o relógio: 1h30min já. Amanhã levanto cedo: apesar de ser um domingo, será um dia de feijão, viva! Pretendo passar uma bela manhã na cozinha...

A cabeça pesa, os pensamentos começam a embaralhar... imagens do dia que passou, sons diversos... tudo se mistura... Aos poucos, o som da porta sendo batida vai ganhando espaço. E mais porta. E mais. Aquele momento crucial em que o corpo já está pronto para se deixar abandonar no abismo noturno do desconhecid... putz, que merda. Chega de poesia barata. Alguém está batendo na porta e tenho que abrir, humpf.

Abro. Rebbeka, toda encolhida e com um sorriso amarelo: “Te acordei...?”

Pausa. Vou falar quem é a Rebbeka.

É uma brasiliense nascida no Rio e que veio de Minas. É... não é uma pessoa muito normal... eu não canso de falar isso para ela. Bom, na verdade eu canso, aí a gente quase briga, aí, cada um vai prum canto, mas no outro dia temos aulas juntos e tudo fica bem. Bom, o importante é que ela é de Brasília e essa informação já é suficiente para imaginar que basta abrir a porta da geladeira para que ela fique com frio. Inclusive não divulguem este link para ela para que ela não brigue comigo quando vir o que escrevi.

Volto.

Abro. Rebbeka, toda encolhida e com um sorriso amarelo: “Te acordei...?”

Olho para ela com a minha melhor cara de Daniel Colin no café da manhã. Ela prontamente acrescenta: “Tá nevando”.

Pisco três vezes. Levo dois segundos e meio para processar a informação. Tinha nevado na outra semana, domingo passado, apenas por cinco minutos, mas era tão nada que sequer tiramos fotos porque não ia aparecer.

“Vai lá, olha pela janela”.

Quase acordado vou pegando o sobretudo e tentando calçar o chinelo. “Janela nada, vamos é pra rua!”

No corredor temos uma porta envidraçada que dá para um pequeno terraço. Ficamos ali, do lado de dentro, olhando o cenário. As mesas e cadeiras ficando brancas, o chão, tudo... Os dois brasileiros, que moravam num país tropical abençoado por Deus e la la la..., grudados num vidro durante uns cinco minutos, olhando o mundo branco que chegava pelo céu. Nevava aos cântaros... Abro a porta. Pulo para a rua.

Realmente estar debaixo da neve é uma sensação incrível. Tudo fica meio que amortecido, a gente pisa no chão fofinho e vê aqueles floquinhos de gelo pairando sobre nós e se segurando docemente nas nossas roupas. Claro, apesar de toda a beleza, os floquinhos continuam sendo de gelo e isso torna o clima um pouquinho difícil... mas esquecendo o fato de que estava de chinelos, sem luvas, e tinha acabado de sair da cama, tudo bem...

Pouco depois chegam a Lisa, o Lucas (alemães), a Valentina (italiana) e o Otávio (brasileiro). Fizemos bolinhas de neve para ver quem lançava mais longe, tiramos fotos e sacaneamos alguns colegas de casa que estavam no andar de baixo chegando de uma festa (é... jogamos gelo neles, ups...).

Depois fomos para a cozinha comer, lógico. A Lisa inventou na hora uma receita alemã de chocolate quente com chantili e fomos dormir bem gordos e quentes.

E era isso, meu querido diário.
Rebbeka, Valentina, Lucas e Maico. Foto do Otávio.

A propósito: quer ouvir algo interessante sobre temperaturas e culturas? Clica aí: akfjri,dc dasls, kfjd c,d fasjf.cd .

3 comentários:

Maico Silveira disse...

Errata. A menina se chama Rebbeka. Dois bês e um ka. E não, ela não brigou comigo porque disse que não se sentiu identificada, pois seu nome está errado.

Tá corrigido. Sei que é muito chato quando alguém erra nosso nome. Espero que agora ela se identifique e finalmente brigue comigo.

Elisa Lucas disse...

OI Maico... linda a Neve! Não consegui ver as outras fotos! Estõa bloqueadas! BOm ler coisas de Paris, hehehhe, Lindo diário! Bjaoooooooo Elisa Lucas

Maico Silveira disse...

E ai, menina!

O orkut esta bloqueando as fotos. Nao consegui liberar até hoje. Mas continuarei tentando.

eijos!

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