“Hoje é aniversário da minha mãe e eu decidi de lhe comprar um presente como todos os anos desde o ano passado, porque antes eu era muito pequeno.
Peguei uns pilas que tinha no meu porquinho e tinha bastante, felizmente, porque por acaso minha mãe me deu dinheiro ontem. Eu sabia o presente que eu daria à ela: flores para colocar no grande vaso azul da sala. Um buquê enorme, gigantesco.
Peguei uns pilas que tinha no meu porquinho e tinha bastante, felizmente, porque por acaso minha mãe me deu dinheiro ontem. Eu sabia o presente que eu daria à ela: flores para colocar no grande vaso azul da sala. Um buquê enorme, gigantesco.
Na escola, eu estava estranhamente impaciente para que a aula terminasse para que eu pudesse ir comprar meu presente. Para não perder meu dinheiro, fiquei com a mão no bolso o tempo todo, até para jogar futebol durante o recreio, mas como eu não jogo no gol, isso não tem importância. O goleiro era o Alceste, um amigo bem gordo que adora comer. ‘Que que tu tá correndo com uma mão só?’, ele me perguntou. Quando eu expliquei que era porque eu ia comprar flores para minha mãe, ele me disse que ele preferiria alguma coisa de comer, um bolo, balas, ou uma salsicha, mas como o presente não era para ele, eu nem prestei atenção e fiz um gol. Ganhamos de 44 a 32. (...)”
Le petit Nicolas. Le chouette bouquet, de Sempé-Goscinny.
2 comentários:
Que amoooooooor!!!!!!
Fofésimo!!!!!
Conheci em aulas de francês... é ótimo! Pena que não circula muito por esses pagos... Enfim, Mafalda e Charlie Brown também são ótimos...
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